domingo, 6 de maio de 2007

Sidi Fredj

Por estes lados os fins-de-semana são às Quintas e Sextas.
Foi uma verdadeira confusão gerir esta situação quando cá cheguei.
A verdade é que no fim de tudo não me afecta muito, já que tenho trabalhado todos os santos dias.
Só desanuviei mesmo no 1º de Maio.

E no Domingo, ou melhor, na Sexta-feira depois do trabalho lá fui dar uma voltita.
Sim, embora esteja no Sheraton devo admitir que já estava farto. O hotel tem vários restaurantes e nenhum deles é digno de referência.
Assim, para além do quarto excelente, a única coisa que faço por lá é frequentar o ginásio e a piscina.
Se ficar cá mais tempo do que o previsto vou ficar com um "cortiço" daqueles! Depois também já posso colocar uma foto dos meus abdominais no Hi5!!!

O meu colega de trabalho, que já vai conhecendo a cidade, levou-me então até Sidi Fredj.
É uma pequena localidade na parte oeste de Argel, junto ao mar, com uma pequena marina e casas do tempo do colonialismo francês.
Foi aqui que os franceses desembarcaram as suas tropas em 1830 para colonizar a Argélia. Em 1943, as Forças Aliadas usaram novamente Sidi Fredj na campanha de libertação do Norte de África, durante a 2ª Guerra Mundial.
Por aqui também existe um complexo turístico e, dizem, um teatro ao ar livre.



Jantamos por lá num restaurante muito típico.
Se há coisa que estes povos sabem fazer é "criar ambiente".
O restaurante tinha uma sala central, com os tradicionais bancos corridos a toda a volta, enormes tapetes, e mesas com tampos de travessas de latão trabalhadas à mão.



Para além desta sala, existiam mais 3 salinhas, também exímiamante decoradas, e uma quarta com um balcão central.



O local cativou-me e por isso resolvi renunciar ao vegetarianismo para provar a cozinha local.
Escolhemos um Brick tunisienne que, embora fritos não sejam o meu forte, não desgostei de todo.


Quanto ao prato principal, para não fugir à regra, sempre que resolvo deixar "os verdes" de lado tenho uma desilusão.
Ainda a pensar nas saborosas tadjines que comi em Marrocos, escolhi uma Tadjine d'agneau.
Estava tão boa que nem ponho aqui a foto!
Até fritaram as batatas! Enfim... Acho que neste restaurante ainda não descobriram o sabor da comida cozinhada no forno.
O meu colega pediu um Couscous au poulet, que devo dizer estava excelente.
Deste prato já ponho a foto:


Para rematar aquele ambiente todo, só faltava mesmo uma chicha para acompanhar o habitual thé à la menthe.
Mas ainda não foi desta que consegui experimentar uma chicha argelina.
Este cenário todo tem alimentado a vontade de voltar a Marrocos. Grandes férias...

No regresso ao hotel fomos parados em dois controlos policiais.
Há polícia por todo o lado a vigiar o trânsito nas estradas, inclusive na auto-estrada.
O procedimento para nos aproximar-mos de uma barreira policial à noite é, desligar os médios, acender a luz interior e colocar as duas mãos no volante.
Pediram-nos os documentos e mal se aperceberam que éramos portugueses todo o clima de tensão desapareceu:
"- Figo! Deco!"
"- Ronaldo!"
Serviço público além fronteiras!

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